O Governo anunciou um pacote de seis medidas que visam combater “todas as situações anómalas” no sector alimentar.

Sem prejuízo de uma análise mais aprofundada, a CGTP-IN considera a acção proposta pelo Governo como completamente desfasada da situação com que se deparam os trabalhadores, pensionistas e suas famílias.

O Governo, com as medidas agora avançadas, continua não dar resposta ao aumento brutal dos preços no nosso país.

A especulação que alimenta os lucros, no sector da grande distribuição, da energia ou, entre outros, da habitação, é uma realidade que se acentuou de forma gritante no decorrer do ano de 2022, perante a acção conivente do Governo que nada fez ou faz para a travar.

Uma situação que exige medidas concretas e uma intervenção determinada que ponha termo à brutal transferência de rendimentos do trabalho para o grande capital.

A fixação de preços máximos nos bens e serviço essenciais, colocar limites às práticas do sector financeiro e taxar efectivamente os lucros e outras fontes de rendimento do capital, são exigências possíveis, necessárias e que dependem apenas da opção política do Governo e da maioria que o suporta.

Exigências que têm de ser acompanhadas por uma real valorização do trabalho e dos trabalhadores, com a revogação das normas gravosas da legislação laboral (que o Governo insiste em perpetuar), com aumento dos salários e pensões que invertam a perda de poder de compra e possibilitem a elevação das condições de trabalho e de vida.

Porque é urgente romper com a política de degradação e empobrecimento a que os trabalhadores e camadas crescentes da população estão sujeitas, porque é preciso reforçar os serviços públicos e garantir os direitos, a CGTP-IN apela a uma forte participação na Manifestação Nacional do próximo dia 18 de Março, pelo aumento geral dos salários e das pensões!


FONTE: CGTP-IN