«As mulheres são a maioria dos trabalhadores subempregados (65%) e o seu número também subiu no último ano, sendo também mais atingidas pelo desemprego de longa duração: 44,6% estão desempregadas há um ano ou mais face a 38,9% entre os homens».
A grave situação em que vivem muitas destas mulheres trabalhadoras é óbvia quando se verifica que mais de 60% destas trabalhadoras desempregadas recebe prestações de desemprego até aos 500 euros. Um número muito inferior ao limiar de pobreza de 551 euros.
A prevalência do emprego precário na economia portuguesa já não é segredo: a grande maioria do emprego criado no último ano é precário (76%, no 4.º trimestre). Em termos globais, no final de 2022, a precariedade já compunha 17,2% de todos os postos de trabalho.
A situação piora no que toca à realidade das mulheres trabalhadoras (a percentagem aumenta para 17,8%): são já «mais de metade dos trabalhadores com vínculos precários (53,5%)».
Qualquer que seja a faixa etária em análise, as mulheres são as primeiras vítimas da precariedade, sendo a situação particulamente grave entre as jovens trabalhadoras menores de 35 anos (37,5%) e, de entre estas, principalmente para as menores de 25 (61%).
A Comissão para a Igualdade da CGTP ressalva que, há apenas um ano, a «incidência da precariedade era semelhante entre homens e mulheres trabalhadores», o que significa que a situação das mulheres se está a deteriorar a um ritmo muito mais significativa do que à dos homens.
Entre os dias 6 e 10 de Março, a CGTP-IN está a promover uma Semana da Igualdade. Sob o lema «Aumentar os salários para a vida mudar e a igualdade avançar!» vão ser realizadas centenas de acções em todo o País, entre protestos, plenários e concentrações, em torno da questão da igualdade entre homens e mulheres.
FONTE: AbrilAbril
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