Cattivo
Mosteiro
São Bento
da Vitória
10 | 18 Abril
Em estreia mundial, Cattivo é uma instalação sui generis. Elegendo as estantes de partituras como objetos de investigação expressiva, a equipa de artistas formada por Marlene Monteiro Freitas - coreógrafa ímpar, que já as trabalhara em Bacantes (2017), detentora do primeiro Leão de Prata da Bienal de Veneza conferido a um coreógrafo em Portugal -, André Calado, Miguel Figueira, Tiago Cerqueira e Yannick Fouassier extrai delas toda uma potência de significados. Enquanto corpos desdobráveis (decomponíveis ou extensíveis em partes diversas) e metamórficos, construídos à semelhança do animal ou do homem, as estantes convidam a uma manipulação que as faça transcender a funcionalidade imediatamente associada à música. Quando intencionalmente manipuladas, como em Cattivo, libertas do seu estatuto de objeto de pedestal, as estantes revelam-se enquanto entidades próprias, exprimindo todo um conjunto inusitado de qualidades zoo/antropomórficas. Capazes de se autoencenarem, encarnando estados emocionais e tomando decisões, encenam-se também como comunidade sinfónica, expressando uma (sinistra) multiplicidade rítmica e melódica. Instalação que tanto remete para a ideia de palco, como de jardim, ou de casa de bonecas, entre outras, Cattivo situa-se "entre o vegetal, o animal e o mundo da fantasia".
Instalação para Estantes de Partituras e Outros Materiais
Equipa
Marlene Monteiro Freitas, André Calado, Miguel Figueira, Tiago Cerqueira, Yannick Fouassier
Produção
BoCA - Biennial of Contemporary Arts (Lisboa & Porto), P.OR.K (Lisboa)
Coprodução
São Luiz Teatro Municipal, TNSJ
M/6 anos
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